10 filmes/livros para entender sobre a doença de Alzheimer

A doença de  Alzheimer é uma doença dolorosa para as pessoas que se ama, pois viver e enxergar a mudança de padrão de comportamento, o esquecimento, a agitação e lidar com tudo isso com certeza não é fácil, mas não precisa ser tão difícil quanto parece, quando compreendemos as nuances da doença e aprendemos a viver com ela, somos capazes de compreender a potência de vivenciar o improvável e imprevisível todos os dias.

O tema de hoje do blog é uma curadoria da literatura e dramaturgia que já exploraram esse universo, a fim de tentar garantir algum conforto para aqueles que vivenciam essa situação no seu dia a dia.

#1: Filme – Para Sempre Alice (Still Alice, 2014)

A doença de Alzheimer é uma doença cruel, que leva embora lembranças, identidades e relações. Em Para Sempre Alice, acompanhamos a história de Alice Howland, uma renomada professora de linguística que, aos poucos, vê sua memória escapar por entre os dedos. O diagnóstico precoce da doença de Alzheimer transforma sua rotina e a dinâmica com sua família, revelando desafios emocionantes e dolorosos.

Este filme é um convite para enxergar a doença de Alzheimer de perto, sem romantizações, mas com muita humanidade. A atuação impecável de Julianne Moore nos faz sentir na pele o medo, a angústia e a luta para manter a própria essência. É um retrato sensível e necessário para quem quer entender o impacto da doença e a importância do amor e da paciência no cuidado diário.

O filme está disponível na plataforma da Amazon, o Prime Video para assistir.

#2: Livro – Afetos Colaterais, de Bettina Boop

A doença de  Alzheimer muda tudo, das pequenas rotinas aos grandes laços. Em Afetos Colaterais, Bettina Boop nos conduz por uma narrativa sensível e real sobre o impacto da doença na vida de quem cuida, observa e sente a transformação de alguém querido. A história revela as dores do esquecimento, mas também os momentos de amor que resistem, mesmo quando a memória se desfaz.

Conviver com a doença de Alzheimer é aprender a lidar com a ausência antes da partida. O livro nos mostra como a relação entre familiares e amigos se modifica, exigindo paciência, resiliência e novas formas de conexão. Entre os desafios e as incertezas, há também espaços para descobertas inesperadas e gestos que reafirmam a importância do afeto.

No fim, Afetos Colaterais nos lembra que, apesar das perdas, o amor permanece. Mesmo quando os nomes se apagam, os sentimentos seguem intactos, provando que algumas coisas vão além da memória.

O livro está disponível na assinatura do Kindle Unlimited, da Amazon.

#3: Filme – Viver Duas Vezes (Vivir dos veces, 2019)

A doença de Alzheimer traz mudanças inesperadas, mas também pode ser um convite para revisitar o passado e ressignificar o presente. Em Viver Duas Vezes, acompanhamos Emilio, um professor aposentado que, ao receber o diagnóstico da doença, decide embarcar em uma jornada para reencontrar seu grande amor da juventude. Ao lado de sua filha Julia e de sua neta Blanca, ele descobre que, mesmo em meio às perdas, ainda há espaço para o riso, o afeto e novas memórias.

Julia, uma mulher prática e sobrecarregada pelas responsabilidades, precisa conciliar o cuidado com o pai à sua rotina atribulada, enquanto Blanca, com seu olhar jovem e espontâneo, traz leveza à jornada. Juntas, elas vivem momentos de desafio e cumplicidade, aprendendo a enxergar Emilio para além da doença. Entre confusões, descobertas e gestos de carinho, Viver Duas Vezes nos lembra que, antes que tudo se apague, sempre há tempo para viver de novo.

O filme está disponível na plataforma de vídeo da Netflix para assistir.

#4: Filme – O Pai (The Father, 2020)

O Pai é uma experiência cinematográfica única ao colocar o espectador na mente de alguém com a doença de  Alzheimer, nos levando a viver a confusão e a solidão de quem começa a perder as próprias referências de tempo e espaço. O filme narra a história de Anthony, um homem idoso que, ao ser confrontado com os sintomas da doença, vive em um mundo onde as certezas desaparecem. Ele questiona sua filha, Anne, e todos ao seu redor, não apenas sobre as mudanças em sua vida, mas sobre a própria realidade. O roteiro brilhantemente desconstrói a linha do tempo e as perspectivas, criando uma atmosfera de incerteza e desorientação que ecoa a experiência de quem sofre com a doença de Alzheimer.

O grande trunfo de O Pai é a sua abordagem emocional e visceral da doença. Ao invés de se focar apenas no impacto sobre a família, o filme nos permite entender, de maneira intensa, como a doença de Alzheimer afeta a percepção de quem o vive. Anthony, interpretado magistralmente por Anthony Hopkins, passa a questionar sua própria identidade e os relacionamentos ao seu redor, como se o tempo estivesse se dissolvendo. A atuação de Olivia Colman, como sua filha Anne, também é fundamental para mostrar as emoções e as dificuldades de quem cuida de um ente querido em meio a uma realidade que se desfaz. O filme não oferece respostas fáceis, mas provoca uma reflexão profunda sobre o envelhecimento, o amor e o inevitável confronto com a perda.

O filme está disponível na plataforma de vídeo da Amazon, Prime Video, para assistir.

#5: Livro – Alzheimer não é o fim: Estratégias para familiares e amigos, de Fernando Aguzzoli

O livro emerge como uma luz em meio à escuridão que a doença pode representar para quem se ama. Este livro traduz a complexidade de vivenciar a perda progressiva da memória e as mudanças de comportamento em uma abordagem que busca desmistificar o sofrimento. Ao compreender as nuances da doença de Alzheimer, Aguzzoli nos convida a enxergar além do diagnóstico, apresentando estratégias que tornam o convívio diário com a doença menos avassalador. A narrativa é pautada em uma sensibilidade que reconhece a dor de ver um ente querido se transformar, mas também destaca a possibilidade de encontrar beleza e resiliência nas pequenas vitórias do dia a dia.

Neste universo de desafios, o autor propõe que a experiência com a doença de Alzheimer, por mais imprevisível e difícil que seja, pode ser trilhada com um olhar renovado e cuidadoso. As orientações e reflexões contidas no livro oferecem não apenas consolo, mas também ferramentas práticas para que familiares e amigos possam proporcionar um cuidado mais consciente e amoroso. Assim, a obra transforma o que inicialmente parece um fardo insuportável em uma jornada de aprendizado e adaptação, onde o afeto e a compreensão pavimentam o caminho para uma convivência mais harmoniosa. Em nossa curadoria, este título se destaca por garantir um conforto e um apoio real àqueles que, diariamente, enfrentam a imprevisibilidade da doença.

Disponível para venda no site da Amazon.

#6: Filme – Longe Dela (Away from Her, 2006)

Um filme que nos convida a mergulhar na delicada e comovente jornada de um casal que enfrenta o desafio da doença de Alzheimer. A narrativa, repleta de sensibilidade, acompanha a trajetória de uma mulher que, lentamente, se afasta das memórias e dos traços que a definiam, enquanto seu marido lida com a dor de ver o passar dos dias marcado pelo esquecimento. O filme nos revela, de forma sincera e tocante, como a doença transforma não apenas a vida do paciente, mas também a dinâmica de quem o ama, ressaltando que, mesmo nas mudanças mais imprevisíveis, o afeto pode continuar a florescer.

Com uma abordagem que equilibra a dor da perda com a beleza dos momentos de lucidez, Away From Her nos mostra que a convivência com a doença de Alzheimer, por mais desafiadora que seja, pode abrir espaço para a resiliência e para a redescoberta de vínculos afetivos profundos. Em meio às incertezas e ao luto diário pelo que se foi, o filme celebra a capacidade humana de encontrar esperança e significado, transformando o improvável em um convite à reflexão sobre o valor de cada instante e sobre o poder transformador do amor.

O filme está disponível na plataforma de vídeo da Amazon, Prime Video, para assistir.

#7: Filme – Iris (2001)

Um filme tocante que narra a vida da escritora Iris Murdoch, cujo mundo se transforma com o diagnóstico da doença de Alzheimer. A obra, com uma direção sensível de Richard Eyre, entrelaça o passado e o presente de Iris, retratando suas memórias vividas de maneira vibrante e seus desafios com a perda de identidade e de consciência. Através da interpretação magistral de Judi Dench e Kate Winslet, vemos como a doença de Alzheimer não apenas rouba as lembranças de Iris, mas também redefine a relação com seu marido, John Bayley, interpretado por Jim Broadbent. A dor de ver alguém se afastando de si mesma é intensamente explorada, mas, ao mesmo tempo, o filme traz à tona a beleza e a profundidade do vínculo entre eles, marcado pelo amor incondicional e pela paciência.

Em Iris, a doença é representada não apenas como um desafio, mas também como uma oportunidade de resgatar o que é fundamental nas relações humanas: o afeto e a conexão genuína. O filme nos faz refletir sobre a fragilidade da memória e a importância de viver plenamente enquanto a possibilidade de lembrança ainda persiste. Ao apresentar a transformação de Iris e o impacto da doença de Alzheimer em sua vida e na de sua família, a obra nos sensibiliza para a complexidade da doença, ao mesmo tempo em que celebra a força do amor, que, mesmo diante das dificuldades, permanece resistente e transformador.

O filme está disponível na plataforma de vídeo da Amazon, Prime Video, para assistir.

#8: Livro – O Alemão Pegou o Bonde

O Alemão Pegou o Bonde, de Rosana Leal, é uma obra que compartilha a experiência pessoal da autora ao lidar com a doença de Alzheimer na família. Com uma escrita envolvente, Rosana narra como a doença entrou na vida de sua mãe, oferecendo aos leitores uma perspectiva íntima e realista dos desafios enfrentados. A autora utiliza o apelido “Alemão” para se referir ao Alzheimer, conferindo à obra um tom mais acessível e próximo.

Através de relatos sinceros e momentos de humor, o livro busca transmitir esperança e encorajamento a aqueles que enfrentam situações semelhantes. Rosana enfatiza a importância do reconhecimento e da aceitação da presença do “Alemão”, destacando que, embora a convivência com a doença seja desafiadora, é possível encontrar maneiras de viver com ela sem sucumbir ao desespero. A obra serve como um guia para familiares e cuidadores, oferecendo insights valiosos sobre o cotidiano com o Alzheimer e a importância do apoio mútuo.

#9: Filme – Ella e John (2017)

Ella e John (2017), dirigido por Paolo Virzì, é um filme sensível que retrata a jornada de um casal de idosos, Ella e John, que decidem fugir de sua rotina em um trailer, rumo a uma viagem pela costa dos Estados Unidos. O que começa como uma escapada cheia de liberdade e emoção logo revela os desafios da velhice, com Ella sofrendo com a doença de Alzheimer e John lidando com as limitações físicas da idade. O filme captura a complexidade do envelhecimento e da doença com uma leveza tocante, mostrando como o amor entre o casal ainda é forte, mesmo diante das dificuldades impostas pelo tempo.

A trama é conduzida por um mix de momentos de humor e melancolia, e a relação de Ella e John se torna um reflexo de como o afeto e a cumplicidade podem resistir ao esquecimento e às mudanças provocadas pela doença. O filme faz um belo trabalho ao abordar a doença de Alzheimer de maneira delicada, não apenas como uma tragédia, mas também como um cenário para redescobrir o significado de estar vivo e o quanto a companhia de um ser querido pode trazer de conforto, mesmo nas situações mais difíceis. Ella e John é uma celebração da vida, da memória e do amor que permanece, mesmo diante da fragilidade humana.

O filme está disponível na plataforma de vídeo da Amazon, Prime Video, para assistir.

#10: Curta-metragem: Minha Mãe, Minha filha

“Minha mãe, minha filha!” é um curta-metragem que retrata com sensibilidade os desafios enfrentados por familiares e cuidadores de pessoas com a doença de Alzheimer. A trama foca na relação entre mãe e filha, destacando as dificuldades e emoções vivenciadas no cotidiano de quem lida com a doença. A produção é uma iniciativa do Terça da Serra Residencial Sênior, que busca sensibilizar o público sobre a realidade do Alzheimer e a importância do cuidado e compreensão nesse contexto.

O filme está disponível para visualização completa no YouTube, essa é uma realização do Terça da Serra e você pode assistir o vídeo completo aqui: https://www.youtube.com/watch?v=FFLd68ne-EI

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