8 dicas de como falar com o idoso sobre a saúde masculina!

Em uma sociedade muito embasada nas divisões de gênero das tarefas, as mulheres são as principais responsáveis pelos cuidados familiares e por se preocupar com a saúde. A Sociedade Brasileira de Urologia, apresentou um aumento de 49,96% dos homens que buscam ajuda médica, no período de 2016 a 2020, mas isso ainda representa um número muito inferior ao das mulheres em termos de buscar ajuda médica.

Os estudos também apontam para a longevidade das mulheres ser superior à dos homens, onde o gênero masculino tem 7 anos a menos de vida do que as mulheres, em uma média populacional do país. E é exatamente por esse motivo a campanha nacional “novembro azul – Combate ao Câncer de Próstata” se faz tão importante, visto que o exame de detecção ainda é hoje, um tabu.

Por esse motivo, hoje no nosso blog você terá uma lista com 8 dicas para abordar sobre a importância da saúde masculina com os seus entes queridos!

 

Dica #1: Escolha o momento adequado!

O que fazer: O assunto é delicado e exige de nós muita sensibilidade e, criatividade, para garantir que a pessoa não fique constrangida! Isso porque, se ele ficar constrangido, isso só dificultará a conversa e pode até impedi-la de acontecer. Então compreenda qual é o melhor momento para tocar nesse assunto.

O momento adequado pode ser uma queixa de dor, o que pode acarretar um incentivo para buscar uma ajuda médica e realizar exames de rotina, a fim de checar a saúde. Pode ser também através do incentivo em realizar junto de uma pessoa de confiança os seus exames, conferir se ela não gostaria de também cuidar da saúde com uma companhia para agendar as consultas e os exames em horários combinados.

O que evitar: Evite momentos estressantes. Embora seja apenas uma forma de demonstrar cuidado, é comum que alguns familiares com o adoecimento de um ente querido, busquem reforçar para aqueles que não se cuidam, a importância de buscar colocar todos os exames em dia, o que pode surtir um efeito muito negativo de cobrança e estresse para todos os envolvidos.

 

Dica #2: Aborde o tema com sensibilidade

O que fazer: É importante compreender que a forma como abordamos esse assunto é crucial, principalmente para evitar trazer má interpretações. É ideal corresponder à crença de que o homem realmente é saudável, mas que só acreditar nisso não basta! É necessário comprovar através de exames laborais e acompanhamento médico, a fim de demonstrar que esse acompanhamento não o torna mais frágil, mas sim, mais cuidado e protegido.

Esse assunto também deve levar em conta que o cuidado com a própria saúde influencia na dinâmica familiar, pois é capaz de trazer menos preocupação – que deve ser muito bem fundamentada, para que a pessoa não ache que é apenas “excesso de zelo”.

O que evitar: Evite termos técnicos, nomenclaturas de difícil compreensão e explicações muito elaboradas, de nada irá adiantar, a não ser a maior propensão de aversão ao assunto pela pessoa.

 

Dica #3: Destaque a importância dos exames de rotina

O que fazer: Destacar a importância dos exames de rotina é crucial ao abordar a saúde masculina com os idosos. Isso porque muitas condições de saúde podem ser detectadas precocemente, permitindo tratamento mais eficaz. É possível falar sobre o quanto devemos prevenir doenças, para nos mantermos saudáveis, além dos ganhos com a prevenção de doenças que podem não conter nenhum sintoma.

É muito importante destacar que se sentir saudável, não basta! Nem sempre esse é um sinal claro de que está tudo bem com o nosso organismo, devemos realizar exames de rotina para garantir que essa sensação perdure, a fim de mostrar que é só assim que podemos manter tal postura de “se manter forte”.

O que evitar: Usar tom de cobrança para que sejam realizados os exames, marcar sem a consciência da pessoa ou levá-la contra a vontade para a sua realização, pois isso só causará maior transtorno e aversão da prática de cuidados com a saúde.

 

Dica #4: Converse sobre hábitos saudáveis

O que fazer: Um incentivo para a adoção de hábitos mais saudáveis inclui diversos aspectos: nutrição balanceada, hidratação adequada, moderação do consumo de álcool, sono adequado, evitar o tabagismo, atividade física regular, gerenciamento do estresse, manutenção do peso corporal, entre muitos outros. Apesar de todos esses aspectos serem muito importantes, nem todas as pessoas conseguem cumprir com todos eles a risca, o que é normal, mas é necessário ter em mente do que é possível fazer para adotar novos hábitos.

Devemos começar pelos hábitos com que o idoso tem mais aptidão. Então, se ele já está em um processo de diminuir o tabaco, garantir que isso caminhe para moderar ainda mais. Se já tem o costume de se hidratar, buscar meios de fortalecer essa prática. Se tem interesse por alguma atividade física, incentivar que faça com frequência. No caso de a pessoa não ter nenhum desses hábitos, dar início pelo hábito que considera que a pessoa mais irá se adaptar e aderir.

O que evitar: Exigir que esses hábitos sejam realizados, de forma impositiva, o que não gerará nenhum resultado eficaz, visto que a vontade para os adotar deve ser da própria pessoa.

 

Dica #5: Incentive a busca por ajuda médica

O que fazer: Procurar o apoio de profissionais de saúde empáticos e responsáveis, capazes de oferecer uma mudança da visão da pessoa sobre os cuidados com a saúde. Existem muitas pessoas que evitam ir ao médico, pois não gostam de levar “esporro” ou “bronca” dos mesmos. Isso acontece quando há uma conscientização feita de forma errônea e sem alcançar o devido objetivo. É importante que o profissional de saúde seja capaz de criar um diálogo aberto sobre a importância da saúde, e respeitar os limites impostos pelo paciente.

O que evitar: Normalizar a atitude dos médicos em realizar uma abordagem agressiva e pouco empática, invalidar o sentimento da pessoa em não se sentir acolhida, o que fortalece a má experiência e a resistência em buscar ajuda médica.

 

Dica #6: Envolver a família e os amigos

O que fazer: Nem sempre a pessoa responsável pelo cuidado, ou mais próxima, é capaz de oferecer o suporte necessário para a conscientização sobre o cuidado com a saúde. Nesses casos, a melhor forma é buscar apoio nos familiares e amigos, a fim de serem eles multiplicadores das boas práticas em autocuidados, capazes de oferecerem uma perspectiva positiva e conscientizar sobre a importância de se cuidar.

Em alguns casos é possível até que uma dessas pessoas seja a responsável por acompanhar o homem nas consultas, alguém com quem ele se sinta confortável para conversar sobre saúde e fazer companhia.

O que evitar: Criar um clima de tensão e pressão em cima da pessoa, usar de artifícios de chantagem emocional, o que torna a experiência ainda mais desagradável.

 

 Dica #7: Utilize exemplos positivos

O que fazer: Incorporar exemplos positivos ao discutir saúde masculina, apresentar histórias reais de homens que adotaram práticas saudáveis e colheram benefícios, a fim de oferecer modelos a serem seguidos. De preferência usar exemplos locais ou conhecidos, a fim de garantir maior credibilidade nos exemplos utilizados.

O que evitar: Casos irreais ou inventados! Evite dramatizar em excesso as situações. Embora seja importante destacar desafios, mantenha um tom equilibrado para não criar ansiedade desnecessária. Além disso, evite transmitir a ideia de que essa experiência é a única abordagem correta. Cada pessoa é única e cada abordagem também.

 

Dica #8: Respeitar as limitações individuais

O que fazer: Antes de oferecer conselhos ou sugestões, é crucial entender as necessidades específicas de cada pessoa. Isso pode envolver conhecer o histórico médico, as condições existentes e as limitações físicas. É importante também destacar a importância de adaptar programas de saúde e atividades físicas às limitações individuais. Isso pode incluir modificações nos exercícios, ajustes na dieta ou qualquer outra medida que torne o plano de saúde mais acessível.

Enfatize que cada pessoa tem seu próprio ritmo de progresso. O respeito às limitações individuais inclui reconhecer que o sucesso não é medido apenas por grandes conquistas, mas também por melhorias graduais e sustentáveis. E principalmente e mais importante: apresente alternativas realistas para práticas de saúde. Se uma atividade física específica não for viável, sugira opções mais suaves que ainda promovam movimento e bem-estar.

O que evitar: Evite abordagens de “tamanho único”. O que funciona para uma pessoa pode não ser apropriado para outra. Evite colocar pressão para a pessoa atingir metas de saúde que possam ser inatingíveis ou inadequadas. Evite qualquer linguagem ou abordagem que estigmatize as limitações individuais. O objetivo é criar um ambiente de apoio que promova o bem-estar, sem julgamentos.

 

Aqui no Terça da Serra, todas nossas unidades têm como foco a promoção da saúde e do bem-estar, estamos prontos para te auxiliar nesse processo com o seu familiar. Venha conhecer as nossas instalações, agende já a sua visita!

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