A escolha do cuidador de idosos: o que levar em conta?

Esse é um tema muito importante, pois devemos ter em mente que escolher um profissional para cuidar de um ente querido é uma tarefa de muita responsabilidade! Nós devemos ter critérios que definam o profissionalismo, a ética e a proximidade com a área, para garantir que o profissional seja capaz de oferecer um serviço qualificado e evitar situações desagradáveis com a pessoa idosa.

 

O que devemos levar em conta para escolher um cuidador de idosos?

Formação: existem atualmente diversos cursos ofertados de diversas formas, tanto presencialmente, quanto b-learning e e-learning. Alguns cursos têm cargas horárias mais extensas, com a obrigatoriedade de uma formação de estágio, para garantir que o aluno tenha um conhecimento prévio. De qualquer forma, é necessário avaliar qual foi o curso realizado pelo profissional e buscar conhecer o conteúdo programático.

Conhecimentos prévio específicos: dois conhecimentos que são imprescindíveis o cuidador de idosos ter: primeiros socorros e posicionamento correto para as transferências (tirar da cama e colocar no sofá, trocar fralda, entre outros conhecimentos deste seguimento). Esses conhecimentos básicos vão delimitar como o profissional irá lidar com a pessoa idosa, principalmente em caso de uma emergência, assim como para preservar a saúde física tanto dele enquanto profissional, quanto da pessoa idosa, visto que posicionamentos realizados de forma errônea comprometem o corpo de ambas as partes.

Experiência: a experiência anterior na função com referências de familiares que contrataram o serviço, com certeza, é um diferencial. Não existe nada mais tranquilizante do que obter um feedback positivo de alguém que já contratou o profissional e teve uma experiência positiva. Isso  valida ainda mais os conhecimentos apresentados pelo profissional em uma entrevista. Não devemos deixar de contratar pessoas por não terem experiência, visto que só se obtém a experiência através da execução do trabalho, mas nestes casos, é necessário maior atenção ao período de adaptação e uma comunicação mais estreitada sobre dificuldades que possam se apresentar.

Vivência de cuidados: vivências pessoais não podem ser um fator eliminatório, visto que não podem impedir um profissional de ser bom, mas são capazes de agregar valor. Então pessoas que já tiveram experiências prévias de cuidados com familiares ou com outras pessoas, também são capazes de gerar maior conexão e empatia diante do trabalho. Mas é claro que isso não impede que pessoas que nunca exerceram a função não possam obter os mesmos resultados.

Personalidade e compatibilidade: é necessário que a pessoa idosa e o cuidador tenham personalidades capazes de interagir de forma sadia, para assim poder gerar maior compatibilidade e o trabalho ser desenvolvido sem intercorrência. Por este motivo é importante estabelecer um período de adaptação, para avaliar como o vínculo se desenvolve ao longo deste período e decidir se o profissional é compatível para ocupar a função.

Seguro e regulamentação: Verifique se o cuidador está devidamente segurado e cumprindo todas as regulamentações locais e estaduais relacionadas aos cuidados com idosos.

 

Ofereça suporte e incentivo para que o cuidador de idosos estude!

Um profissional bom é um profissional capacitado! Desta forma, quando a compatibilidade der certo entre o cuidador e a pessoa idosa, incentive que ele faça outros cursos de especialização e se for possível, ajude a custear, mesmo que seja apenas o transporte ao curso ou liberando uma hora mais cedo para que ele possa ir para as aulas. Esse incentivo fortalece o caráter profissional e gera maior conexão entre a família e o cuidador de idosos, afinal, ele está cuidando de um dos seus bens mais precioso: um ente querido da família.

Dê espaço para que o profissional ponha em prática algumas coisas que vem estudando, por exemplo: se o cuidador está estudando sobre gastronomia, permita que ele realize algumas refeições de acordo com o curso que está fazendo. Se ele está fazendo curso de artesanato, permita que ele faça algumas atividades com a pessoa idosa e se possível, incentive com a compra de materiais simples para desenvolver a atividade.

A formação do profissional é uma garantia de que aquela pessoa está comprometida em entregar o melhor trabalho, sem deixar de pensar na própria vida e na trajetória profissional que ela gostaria de seguir. Para isso, é necessário estabelecer uma comunicação clara e honesta sobre objetivos e metas, para garantir que caso o desejo do profissional seja, em algum momento, migrar para outra área ou outras oportunidades. Isso possa ser realizado de forma empática e levando em consideração e respeito o vínculo criado com a pessoa idosa.

 

Mantenha o cuidador de idosos sempre informado

É muito importante que o cuidador seja um grande aliado da família, então mesmo que não seja ele a entrar na consulta junto com a pessoa idosa, é importante que ele compreenda qual é a situação de saúde dela, quais são os medicamentos que ela toma e por qual motivo, a importância da hora da medicação.

Lembrete: medicações não podem ser misturadas em alimentos aquecidos, essa é uma informação que o cuidador precisa ter, pois a alta temperatura da comida tira o efeito do remédio e se torna apenas uma forma de mudar o sabor original da comida.

Também é interessante trocar dicas e sugestões com o cuidador, caso tenha visto alguma forma interessante de realizar alguma atividade diária, por exemplo, uma forma interessante de fazer com que a pessoa idosa participe do preparo da alimentação, visto que o profissional que está ali é responsável pelo cuidado, mas também deve ser do interesse da família a busca por um cuidado sempre mais qualificado e inovador.

É importante também que o cuidador de idosos conheça a rede de apoio da pessoa idosa, para o caso de ficar com o idoso sozinho em casa e receber uma visita, saber identificar se a visita é uma pessoa conhecida ou não, como proceder nesses casos, quem são as pessoas que tem permissão de fazer visita e acompanhar em passeios. Além de fortalecer o vínculo entre o cuidador e a rede de apoio da pessoa idosa, também evitar qualquer situação desconfortável no futuro.

 

Valorize o profissional do cuidado

Quando a compatibilidade der certo e você estiver com um profissional qualificado ao seu lado, valorize isso! Existem muitas formas de valorizar, mas vou listar aqui algumas para fortalecer o vínculo entre o profissional, a pessoa idosa e a família:

Fotos: registre momentos da pessoa idosa com o cuidador, momentos de passeios ou até momentos cotidianos de ambos na cozinha ou em alguma atividade corriqueira e em algum momento especial, ofereça de presente para o cuidador, a fim de mostrar que ele é visto e valorizado pelo seu trabalho.

Dê reconhecimento: o reconhecimento não precisa ser necessariamente uma bonificação financeira (quando é possível, sempre é bom), mas pode ser com elogios, com reconhecimento, com indicação para conhecidos, caso o profissional tenha disponibilidade para outros serviços ou até mesmo após os seus serviços serem encerrados.

Promova momentos de descontração: sugira ao cuidador um dia mais leve, em que ele possa levar a pessoa idosa até algum lugar, seja um parque ou uma praça, para que eles possam ter uma tarde mais confortável e agradável, a fim de diminuir a tensão do cuidado diário que por vezes pode ser exaustivo.

Incentive o cuidado com a saúde mental: busque sempre incentivar e reiterar a importância do profissional se cuidar, para poder cuidar do outro, mantenha um diálogo aberto sobre a importância de não se sobrecarregar, pois o trabalho não deve ser o epicentro da vida da pessoa.

 

Devemos ter em mente que quanto mais próximos dos cuidadores dos nossos entes queridos, maior é a chance de termos uma experiência positiva tanto para a pessoa idosa, como para toda a família e para o próprio profissional.

 

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