Como lidar com a culpa de institucionalizar um familiar idoso?

Nós sabemos que nem sempre é fácil lidar com a ida de um familiar para um Residencial de Idosos. Isso ocorre porque ainda temos uma visão cultural de que os familiares mais jovens são responsáveis pelos mais velhos. No entanto, com o avanço do mercado de trabalho, cada vez mais isso se torna um desafio, onde não é possível nem aconselhável sobrecarregar apenas um cuidador familiar com os cuidados da pessoa idosa. Apesar disso, muitos familiares enfrentam a culpa e o medo do julgamento social por estar cuidando dos pais, visto que algumas pessoas ainda têm uma visão distorcida de que oferecer cuidados especializados é uma forma de “abandono”. No blog do Terça da Serra, iremos desmistificar essa ideia.

 

O cuidado familiar nem sempre é o mais indicado

As gerações mais antigas tinham a concepção do asilo, e é verdade que esses espaços eram construídos como “depósitos” onde os idosos ficavam esquecidos e abandonados à própria sorte, de forma que ficar com a família, entre as opções existentes, tornava-se a melhor alternativa. Nesses casos, de uma forma geral e majoritária, a mulher mais velha era responsável por cuidar dos pais, dos sogros ou dos tios solteiros, dividindo esses cuidados com os filhos pequenos e com as tarefas domésticas, sem conhecimentos técnicos, mas com boa vontade (em algumas ocasiões, mas não em todas) para oferecer o que fosse necessário à pessoa idosa.

Atualmente, o conceito de Residencial Sênior foi ampliado e melhorado de forma a oferecer uma experiência de cuidado muito mais desenvolvida, com cuidados especializados em um espaço pensado para atender a todas as necessidades que a pessoa idosa possa ter.

Sendo assim, pensando nos dias de hoje, qual é a maior chance de a pessoa idosa ficar mais acompanhada? Dentro de casa, com os familiares atarefados tendo que se revezar para oferecer os cuidados, ou em um espaço que oferece apoio e assistência 24 horas por dia? Além disso, a pressão sobre o familiar principal responsável pelos cuidados diretos do idoso, como: trocar fraldas, mudanças de decúbito, preparar e oferecer refeições, realizar passeios e atividades, entre outras tarefas, torna-se uma grande responsabilidade e pode consumir boa parte do tempo do cuidador familiar, que, como dito antes, muitas vezes ainda se divide entre outras responsabilidades. Esse cuidado integral pode, não necessariamente em todos os casos, ser prejudicial para a relação, principalmente quando o idoso apresenta um perfil de maior resistência e relutância para realizar as atividades da vida diária.

Os cuidados familiares são sempre indicados, mas é necessário compreender que nem todas as famílias têm a estrutura emocional e física para oferecer esses cuidados. Sendo assim, nos casos em que esse cuidado não é possível, o ideal é avaliar outras opções.

 

A escolha da pessoa idosa pelo residencial

Atualmente, muitas pessoas mais velhas já não têm receio de viver em espaços como esses, onde, em muitos casos, a decisão para a sua inserção não parte de nenhum familiar, mas sim delas mesmas. Isso ocorre porque não se consideram confortáveis em “dar trabalho” para seus familiares, além de terem segurança e tranquilidade em saber que vivem em um espaço que oferece os cuidados necessários, sem a chance de serem maltratadas ou até mesmo abandonadas pelos familiares.

Em muitos casos, a pessoa idosa opta por um residencial pelo maior índice de convivência com pessoas da mesma idade, além da possibilidade de realizar diferentes atividades de seu interesse, ter uma alimentação balanceada e receber seus familiares quando quiser.

O conceito de residência atualmente é visto como uma casa adaptada para as necessidades da pessoa idosa, mas respeitando suas vivências e escolhas, de forma a manter sua autonomia em decidir onde e como viver nesta etapa da vida.

 

Um residencial não é um hospital, nem um espaço apenas para pessoas frágeis

Há uma cultura popular comum de só se procurar o Residencial em momentos de extrema fragilidade da pessoa idosa, como uma última opção para o cuidado de fim de vida, sendo que esse não é o objetivo principal de um Residencial Sênior. A ideia é acolher idosos com vitalidade, permitindo-lhes viver de forma a desfrutar os anos de vida com uma nova proposta de vivência em comunidade e com maior convivência com outras pessoas.

As pessoas que necessitam de cuidados especializados não só podem, como devem procurar um Residencial Sênior, mas também é possível pensar na prevenção dessa fragilidade com a vivência em um espaço que oferece cuidados preventivos. Isso garante o prolongamento do tempo de vida com bem-estar e autonomia, através de acompanhamento de saúde em diferentes áreas, como fisioterapia, nutrição, gerontologia, enfermagem e muito mais. Sendo assim, um idoso que entra no Residencial saudável e com disposição tende a manter esse estado por mais tempo com o acompanhamento realizado, para desfrutar um período mais longo e mais benéfico dentro desse espaço.

 

“Culpa do quê?”: Desconstruindo a culpa do familiar do idoso

O familiar que sente culpa por ter o seu ente querido em um residencial deve se perguntar: culpa de quê? De cuidar da pessoa querida? De permitir que a pessoa querida viva de forma mais saudável, cuidada e com novas experiências?

Devemos questionar o que fundamenta nossa culpa e confrontar o cenário ideal que a sociedade constrói. A vivência em um Residencial Sênior não invalida a convivência com a família, a participação em comunidade e a liberdade de ir e vir da própria casa. Não estamos falando de uma prisão em que a pessoa é confinada e fica restrita, mas apenas de um espaço onde ela irá residir e ser cuidada, podendo receber seus familiares e sair para estar com eles sempre que desejar. Assim, a pergunta deve ser reforçada: a culpa é por quê?

Essa desconstrução é feita junto com o familiar quando ele visita o Residencial, a fim de compreender quais são seus anseios e dúvidas, e oferecer todo o suporte necessário para a transição da casa para o Residencial de forma segura para a pessoa idosa e toda a sua rede de apoio.

Para garantir que não haja culpa, um fator importante é conhecer o espaço onde se busca os cuidados, a fim de compreender como o trabalho é realizado, como a equipe de profissionais conduz os cuidados e qual é a estrutura que receberá o idoso. Todos esses elementos são fundamentais para ter certeza de que os cuidados estão sendo realizados de forma correta.

 

Não há culpa onde há consciência tranquila e confiança no trabalho

No Terça da Serra, a estrutura de todas as nossas unidades conta com monitoramento 24 horas, a fim de garantir total segurança para os hóspedes, além de visitas sem qualquer restrição, para que o familiar possa comparecer no momento que lhe for mais oportuno, com o objetivo de facilitar o acesso ao espaço.

Quando há confiança no trabalho realizado, não há culpa nem remorso, pois há muita certeza de que o trabalho é feito com amor e técnica. Não é à toa que nosso trabalho está sendo replicado em mais de 150 unidades em expansão no Brasil, com diversos prêmios de excelência que comprovam o compromisso do Terça da Serra com um cuidado humanizado de alto padrão.

Venha conhecer nosso trabalho através do nosso site e redes sociais, e agende uma visita em uma das unidades mais próximas de você.

 

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