Atualmente, o Alzheimer é tema recorrente em diversos meios de comunicação, seja nas redes sociais, jornais ou rádio. A importância de entender a fundo as implicações dessa doença, que ainda não tem cura, é crucial, especialmente considerando o aumento da longevidade e a transição demográfica, que fazem com que mais pessoas possam desenvolver essa condição. De acordo com a Biblioteca Virtual de Saúde do Ministério da Saúde:
“No Brasil, cerca de 1,2 milhão de pessoas vivem com alguma forma de demência, e 100 mil novos casos são diagnosticados por ano. No mundo, esse número chega a 50 milhões. Estimativas da Alzheimer’s Disease International indicam que esses números podem chegar a 74,7 milhões em 2030 e 131,5 milhões em 2050, devido ao envelhecimento da população. Esse cenário caracteriza uma crise global de saúde que precisa ser enfrentada.”
Esses dados ressaltam a urgência de diagnósticos precoces, visando implementar intervenções preventivas e curativas o mais cedo possível para reduzir a progressão da doença. Hoje, vamos abordar o conceito dos 5 “A’s”, que representam cinco sintomas cognitivos comuns no Alzheimer.
Por que os cinco “A’s” do Alzheimer?
Essa nomenclatura surgiu na comunidade científica com o avanço dos estudos na área, visando facilitar o entendimento dos sintomas da doença por pessoas fora da área da saúde, de forma mais pedagógica. O prefixo “a-”, que significa “ausência” ou “falta de” em grego, é usado na neurologia e psicologia para descrever déficits neurológicos que ocorrem no Alzheimer e em outras condições que afetam o cérebro.
- Amnésia
Amnésia é a perda parcial ou total da memória, prejudicando a capacidade de armazenar ou recuperar informações. Existem dois tipos principais: amnésia retrógrada, quando a pessoa perde memórias de eventos passados, e amnésia anterógrada, que impede a formação de novas memórias. No Alzheimer, a amnésia anterógrada é o sintoma predominante. A degeneração das células nervosas no hipocampo causa essa perda de memória, que se intensifica com o tempo, afetando memórias recentes e remotas.
- Afasia
A afasia é a perda progressiva da capacidade de compreender ou expressar a linguagem. No início, manifesta-se como anomia, quando a pessoa não encontra palavras específicas. Com o avanço do Alzheimer, a fala e a compreensão verbal se deterioram, até que o paciente pode perder quase totalmente a capacidade de comunicação verbal. A degeneração de áreas cerebrais responsáveis pela linguagem, como o lobo temporal e o lobo frontal, está na raiz desse sintoma.
- Agnosia
Agnosia é a incapacidade de reconhecer ou identificar objetos, pessoas, sons ou cheiros, mesmo com funções sensoriais intactas. No Alzheimer, a agnosia pode se manifestar, por exemplo, como a incapacidade de identificar rostos ou objetos familiares. Essa perda de reconhecimento afeta as interações sociais e pode ser angustiante tanto para o paciente quanto para os familiares.
- Apraxia
Apraxia é a dificuldade em realizar movimentos coordenados ou executar tarefas motoras, apesar de o paciente ter a capacidade física de realizá-las. No Alzheimer, tarefas simples e cotidianas, como vestir-se ou comer, tornam-se desafiadoras. Com a progressão da doença, a apraxia aumenta a dependência do paciente em relação aos cuidadores.
- Anomia
Anomia é a dificuldade de lembrar ou encontrar palavras, especialmente nomes de objetos ou pessoas. Embora seja um subtipo de afasia, a anomia é um dos primeiros sinais de declínio cognitivo no Alzheimer. O paciente pode descrever objetos de maneira genérica, usando termos como “coisa” ou “aquilo”, o que fragmenta a comunicação. A anomia é causada pela degeneração de áreas cerebrais relacionadas ao processamento da linguagem.
Terapias antiamiloide com anticorpos monoclonais
Com o avanço dos estudos no combate ao Alzheimer, as terapias antiamiloide com anticorpos monoclonais representam uma abordagem inovadora. Estas terapias visam remover as placas de beta-amiloide no cérebro, que estão associadas à morte neuronal e à progressão da doença. Alguns anticorpos monoclonais, como o aducanumabe e o lecanemabe, já foram aprovados para uso em estágios específicos da doença, mas a eficácia e a segurança continuam sendo investigadas.
O cuidado preventivo no Alzheimer
Os primeiros sintomas geralmente são percebidos pelos familiares, devido à convivência próxima. O acompanhamento de profissionais especializados em geriatria e gerontologia é essencial para evitar a rápida progressão da doença. No Terça da Serra, todas as nossas unidades estão em constante atualização com os últimos estudos mundiais, garantindo um cuidado capacitado e seguro para os hóspedes e tranquilidade para os familiares. Venha conhecer uma de nossas unidades e se encante com o nosso trabalho!