Entenda tudo sobre a Demência Frontotemporal do Bruce Willis

É fato que o ator norte-americano Bruce Willis, de 67 anos, que estrelou filmes como Duro de Matar e é eternizado na memória de vários amantes de cinema pelo seu papel no clássico Pulp Fiction, atualmente nos deixa preocupados com seu estado de saúde, visto que foi diagnosticado com demência frontotemporal.

 

Mas afinal, o que é a demência frontotemporal e qual a diferença dela para o Alzheimer?

Entenda tudo sobre a demência do Bruce Willis
Diante da idade do ator não ser muito longe de muitos casos de diagnósticos de Alzheimer, embora ainda em um caráter muito precoce, essa demência frontotemporal ocorre em pessoas dos 45 aos 65 anos, é muito frequente entre esses pacientes mais jovens, porém ela tem uma grande diferença para o Alzheimer: os campos frontal e temporal do cérebro, que são afetados logo de início são atrofiados.
A evolução da demência frontotemporal é mais rápida também, com o Alzheimer pode progredir em até 10 anos, no caso da demência frontotemporal em até 06 anos os sintomas mais graves já podem surgir.

 

As fases iniciais das duas demências são diferentes!

No caso do Alzheimer, a primeira área afetada é a área de memória recente. Dessa forma, a pessoa não encontra certas palavras, denominações que deseja. Inclusive temos uma matéria aqui sobre os indícios iniciais da doença de Alzheimer, clique aqui para ler mais.
No caso da demência frontotemporal, as áreas afetadas são principalmente a fala e alguns comportamentos. E foi justamente esse o primeiro sinal do diagnóstico do ato: a sua alteração e dificuldade em se expressar verbalmente.
Além disso, alguns veículos de notícias reportam que o ator tem apresentado atitudes de maior agressividade e de falta de reconhecimento de familiares próximos, que no caso do Alzheimer só acontecem em fases em que a doença já está mais avançada.
Nesses casos da demência frontotemporal, existem dois extremos que muitos pacientes apresentam: completa apatia ou agressividade. Ambas de uma forma muito expressiva, o que resulta na necessidade de haver um acompanhamento psiquiátrico, visto que inicialmente é extremamente improvável a rede de apoio, amigos e família identificar um diagnóstico como o da demência frontotemporal.

 

A demência frontotemporal pode ser confundido com outras doenças?

Sim, principalmente porque essa é uma das hipóteses que pouco se avalia de primeiro indício, visto que não é um diagnóstico tão popular como o Alzheimer. Ela muitas vezes é comumente confundida com outras doenças psiquiátricas e neurológicos, como por exemplo um AVC, onde necessita de exames laborais para descartar outros diagnósticos.

A doença é hereditária? Tem cura?

A demência frontotemporal não tem relação direta com a hereditariedade, segundo diversos estudos. Isso visto que esse não é um fator dominante. Porém, é comprovado através de pesquisas clínicas que as pessoas que possuem um histórico da doença na família possuem três vezes mais chances de possuir a doença. Mas isso não é um fator predominante, apenas um potencializador de risco para obtê-la.
O tratamento é como o do Alzheimer, pelo fato de ser uma doença neuro-degenerativa progressiva, ou seja, não há nenhum estudo clínico que tenha conseguido encontrar a cura até o momento. Entretando, já existem diversos estudos que avançam na melhoria dos sintomas, diminuição dos comportamentos de agressividade e estabilização da fala, através de acompanhamento com fonoaudiologia.

Como posso prevenir a doença?

O estímulo da memória é principal fator para garantir que tenhamos um envelhecimento com plasticidade neural. Então, para quem não acredita que depois de uma certa idade nós não aprendemos mais nada, isso é mito!
Nós aprendemos e reaprendemos muitas coisas ao longo de todos os dias e por isso é muito importante manter sempre o cérebro ativo.
Além disso, outras medidas para estabelecer um padrão de vida saudável através de prática de atividade física, boa alimentação, sono regrado, tudo isso é capaz de manter o cérebro com melhores condições de manter o cognitivo preservado.

 

É importante compreender e conhecer o quanto o estilo de vida pessoal implica na nossa saúde e no envelhecimento que queremos ter, por isso, mantenha-se sempre informado e ciente de que um envelhecimento ativo e saudável se constrói todos os dias com bons hábitos.

 

E se ainda tiver alguma dúvida sobre o assunto, pode deixar aqui nos comentários que nós responderemos em breve.

 

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